Inverno em Campos do Jordão

Campos do Jordão localiza-se a 1.700 metros de altitude e pesquisas científicas acusaram a superioridade de seu clima em relação a Davos Platz, nos Alpes Suiços, bem como um teor de oxigenação e ozona superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza do ar. Campos do Jordão apresenta vantagem sobre as demais estâncias climáticas brasileiras: o seu clima tropical de montanha faz com que o sol esteja presente praticamente o ano todo. A luminosidade costuma atingir o seu grau máximo no inverno, quando então a temperatura chega a 5 graus negativos, embora já tenha atingido, no passado, a 18 graus abaixo de 0, em 1992.

Pesquisas realizadas de 1961 a 1974 sobre as variações climáticas acusam o mês mais frio em junho, e o mais quente, o de fevereiro (média de 17º a 27º C). O mês de janeiro é o mais chuvoso, o de junho o mais seco, e o de agosto é aquele em que o sol se apresenta em sua maior intensidade. Outros dados sobre a temperatura: temperatura abaixo de 9º C, 14 dias por ano; acima de 25º C, 25 dias por ano; ocorrência de nevoeiro, 49 dias por ano; de orvalho, 113 dias e ocorrência de geada, 42 dias por ano.

Saúde e beleza o ano inteiro. Campos do Jordão tem uma topografia bastante acidentada: cerca de 85% de seu Municipio é composto de regiões onduladas, 10% de encostas de serra e apenas 5% de áreas escarpadas.

A cidade está localizada em um vale; a parte plana não ultrapassa 500 metros de largura onde se alinham os seus três núcleos principais: Vila Abernéssia, Vila Jaguaribe e Vila Capivari. Vila Abernéssia é o centro comercial e administrativo da Estância, Vila Jaguaribe tem uma parte turística e outra residencial e Capivari é a vila turística, por excelência.

É nela e em seus arredores que se concentram os melhores hotéis e restaurantes, confeitarias e shoppings, além de luxuosas residéncias que lembram chalés suiços e palacetes imponentes, de estilo normando. A Estancia é dotada de parque hoteleiro de categoria internacional.

Localizada entre São Paulo, Rio e Minas Gerais, Campos do Jordão é alcançada por três vias principais de acesso, sendo 2 rodoviárias e 1 ferroviária. De São Paulo e Rio, por exemplo, o acesso pode ser feito através das rodovias SP-123 e SP-50, ambas partindo da Via Dutra.

A SP-50 tem início em São José dos Campos e apresenta mais de 800 curvas para um percurso inferior a 100 quilômetros. Outros acessos rodoviários há, porém de importância secundária. Por último, temos o acesso ferroviário que liga Pindamonhangaba a Campos do Jordão através da Serra, onde se encontra a Parada Cacique, o ponto ferroviário mais alto do Brasil.

Primeiro Bondinho a Gasolina
Primeiro Bondinho a Gasolina

A E. F. Campos do Jordão é a única ferrovia brasileira que funciona por sistema de simples aderência, sem cremalheiras.

Cantada como a Suiça Brasileira pelo seu clima inigualável, e reverenciada como o Altar da Solidariedade Humana pela cura de milhares de brasileiros que, recuperados de doenças pulmonares, retornaram sadios aos seus lares, em todos os quadrantes do País, Campos do Jordao tornou-se a mais importante estância climática do Brasil.

Além de sua famosa malharia – conhecida no mundo todo, o seu chocolate caseiro, seus doces e compotas, até mesmo as resinas de seus vastos e magestosos pinheirais são industrializadas e suas águas minerais, captadas através dos mais elevados padrões de técnica e higiene, correm das fontes mais puras do planeta. A sua maior matéria-prima, porém, é aquela que exporta, generosamente, sem retorno de divisas: a saúde.

Os cortes olímpicos e verdes de sua silhueta serrana, ao amanhecer do dia e ao por do sol, já motivou os cânticos dos homens e dos deuses, entoando hinos à beleza e à fraternidade.

Pela Estância de Campos do Jordão passaram escritores como Monteiro Lobato, Paulo Dantas, Maria de Lourdes Teixeira, Dinah Silveira de Queirós; poetas, como Ribeiro Couto, Guilherme de Almeida, Menotti Del Pichia; historiadores, como Caio Prado Júnior; juristas, como Miguel Reale e Alexandre Corrêa; artistas plásticos, como Brecheret, Lasar Segall, Felicia Lerner, Pancetti, Manabu Mabe e Camargo Freire, além de políticos, como Getúlio Vargas, João Figueredo, Ernesto Geisel, João Goulart, Adhemar de Barros, Carvalho Pinto, Jânio Quadros, Franco Montoro, Paulo Maluf, Laudo Natel, Abreu Sodré e tantos outros.

Jamais a cobiça do ouro, no passado, poderia sugerir a Oyaguara e a Inácio Caetano que a riqueza não estava nas Minas Gerais, mas se achava aqui mesmo, no Alto da Mantiqueira, a 1700m, acima das poluições, na abençoada e formosa Campos do Jordão. Por isso cisma o poeta em sua lira: Não sabiam os pobres viajantes que o tesouro, de ouro não era não! Nem de esmeraldas, nem de diamantes, o tesouro era Campos do Jordão.

Fonte: www.guiadecamposdojordao.com.br

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